PROVINHA DE PORTUGUES

Professor Diminoi
LÍNGUA PORTUGUESA

TERMOMECÂNICA
01) (Termomecânica) Considere as afirmações:
I.Se ao invés do emprego dos termos problemas e problema, o personagem optasse pela forma plural, nos dois casos, seria possível a versão da frase: Uma das dificuldades em fugir dos problemas é identificá-los e conhecer-lhes a fundo.
II. O problema vivenciado pelo personagem diz respeito à ortografia.
III. Assim como sexo, estão corretamente grafadas com x as palavras xuxu, xarope e enxarcar.
Está correto apenas o contido em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

Para responder às questões de números 02 a 07, leia o texto.

A riqueza da língua
Engavetado desde sua assinatura, em 1990, voltou a assombrar o acordo ortográfico que visa a unificar a escrita do português nos países que o adotam como língua oficial. O Ministério da Educação chegou a anunciar a entrada em vigor da reforma no Brasil já em 2008. Felizmente, essa data foi postergada. Por mais
modorrenta que seja, essa discussão não deve se extinguir. Ela tem implicações profundas de ordem técnica e comercial, além de provocar ainda mais ansiedade nos milhões de brasileiros mergulhados em dúvidas no seu empenho diário para falar e escrever bem. Dominar a norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para profissionais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas, contabilistas e administradores que falam e escrevem certo, com lógica e riqueza vocabular, têm mais chance de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto eles mas sem o mesmo domínio da palavra. Por essa razão, as mudanças ortográficas interessam e trazem dúvidas a todos. O acordo diz como se deve usar o hífen e o acento agudo e outros desses minúsculos sinais gráficos que já fizeram estatelar muitas reputações. A diferença entre um sucesso e um vexame pode ser determinada por uma simples crase mal utilizada. Portanto, não há como ignorar quando os sábios se reúnem para determinar o que é certo e errado no uso do português.

02) (Termomecânica)
De acordo com o texto, a discussão acerca das mudanças ortográficas

(A) deve ser mantida em pauta, considerada sua inquestionável relevância.
(B) está ultrapassada, pois o Ministério da Educação já confirmou a vigência para 2008.
(C) revela repercussões de ordem comercial, por isso é prescindível.
(D) é desnecessária, pois elas já foram implementadas com sucesso.
(E) é insignificante, pois não desperta interesse dos profissionais qualificados.

03) (Termomecânica) Segundo o texto, o domínio da norma culta
(A) pode distanciar as pessoas pela falta de entendimento em situações comunicativas.
(B) cabe exclusivamente àqueles que ocupam posição de destaque nas empresas.
(C) depende do idioma falado pelos profissionais de muito sucesso.
(D) é uma exigência das empresas para que os profissionais evitem vexames.
(E) pode ter repercussões muito positivas na vida profissional das pessoas.

04) (Termomecânica) Observe as frases:
I. Felizmente, essa data foi postergada.
II. Dominar a norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para profissionais de todas as áreas.
Os termos postergada e plataforma significam, respectivamente,
(A) conservada e orientação.
(B) adiada e exigência.
(C) adiantada e condição.
(D) mantida e base.
(E) cancelada e necessidade.

05) (Termomecânica) No texto, afirma-se que o acordo diz como se deve usar o hífen e o acento agudo. Assinale a alternativa em que as palavras atendem, correta e respectivamente, a esses critérios, segundo as convenções ortográficas atuais do português.
(A) poli-glota ... técnicamente
(B) super-mercado ... determinável
(C) guarda-costas ... cafézinho
(D) infra-estrutura ... colégio
(E) de-repente ... amabilissímo

06) (Termomecânica) Segundo o texto, a diferença entre um sucesso e um vexame pode ser determinada por uma simples crase mal utilizada.
Assinale a alternativa em que a pessoa lograria sucesso com a frase utilizada.
(A) Muitos se referem às mudanças ortográficas como se elas fossem totalmente desnecessárias.
(B) À partir do momento em que a reforma for implantada, todos terão de se reciclar.
(C) Muitas pessoas aderem à essas novidades da reforma sem saber ao certo se serão salutares.
(D) Na mídia, assiste-se à uma grande especulação sobre os reais impactos das mudanças ortográficas.
(E) As mudanças ortográficas dizem respeito à muitos aspectos da língua que sempre geraram dúvidas.

07) (Termomecânica) Na frase – Portanto, não há como ignorar quando os sábios se reúnem para determinar o que é certo e errado no uso do português. – o emprego da conjunção Portanto indica que entre as informações se estabelece relação de
(A) causa.
(B) oposição.
(C) conclusão.
(D) tempo.
(E) conformidade.

Para responder às questões de números 08 a 14, leia o texto.
Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem – era sexta-feira (...)
Já um estirão era andado quando, numa roça de mandioca, adveio aquele figurão de cachorro, uma peça de vinte palmos de pêlo e raiva (...)
Dei um pulo de cabrito e preparado estava para a guerra do lobisomem. Por descargo de consciência, do que nem carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:
– São Jorge, Santo Onofre, São José!
Em presença de tal apelação, mais brabento apareceu a peste. Ciscava o chão de soltar terra e macega no longe de dez braças ou mais. Era trabalho de gelar qualquer cristão que não levasse o nome de Ponciano de Azeredo Furtado. Dos olhos do lobisomem pingava labareda, em risco de contaminar de fogo o verdal adjacente. Tanta chispa largava o penitente que um caçador de paca, estando em distância de bom respeito, cuidou que o mato estivesse ardendo. Já nessa altura eu tinha pegado a segurança de uma figueira e lá de cima, no galho mais firme, aguardava a deliberação do lobisomem. Garrucha engatilhada, só pedia que o assombrado desse franquia de tiro. Sabidão, cheio de voltas e negaças, deu ele de executar macaquice que nunca cuidei que um lobisomem pudesse fazer. Aquele par de brasas espiava aqui e lá na esperança de que eu pensasse ser uma súcia deles e não uma pessoa sozinha. O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o barro denegrir a farda e deslustrar a patente. Sujeito especial em lobisomem como eu não ia cair em armadilha de pouco pau. No alto da figueira estava, no alto da figueira fiquei.
(José Cândido de Carvalho, O coronel e o lobisomem)
Vocabulário:
– macega: erva daninha
– franquia: motivo
– súcia: bando
– galhofista: debochador

08) (Termomecânica) De acordo com o texto, o coronel sentia-se em condições de enfrentar o lobisomem. Prova disso é
(A) dizer que o bicho assustava a todos, até ele ficara gelado com suas atitudes.
(B) ter ficado com o ânimo desenfreado quando o bicho começou a fazer macaquices.
(C) ter caído na armadilha do bicho, o que o fez subir no alto da figueira.
(D) ficar no alto da figueira em que estava, assombrado com as macaquices do bicho.
(E) afirmar que não era necessário ter clamado pelos santos dos quais era devoto.

09) (Termomecânica) Ante a presença do lobisomem, o coronel (A) levou-o para o alto da figueira.
(B) escondeu-se de tanto medo.
(C) ficou frente a frente com ele.
(D) resguardou-se no alto de uma figueira.
(E) fugiu amedrontado do lugar.

10) (Termomecânica) Observe as frases:
I. Em presença de tal apelação, mais brabento apareceu a peste.
II. ... aguardava a deliberação do lobisomem.
O antônimo de brabento e o sinônimo de deliberação são, respectivamente, os termos
(A) irritado e ataque.
(B) tranqüilo e autorização.
(C) manso e decisão.
(D) estranho e condição.
(E) fugidio e expectativa.

11) (Termomecânica) De acordo com o narrador, enfrentar o lobisomem naquela situação de macaquice resultaria em
(A) uma disputa desigual, já que o coronel estava armado.
(B) vitória certa, considerada a vulnerabilidade do bicho.
(C) vitória do bicho, pois Ponciano era pouco valente.
(D) desonra para o bicho, vencido pelo mais valente dos coronéis.
(E) desonra para Ponciano, considerada a sua posição como coronel.

12) (Termomecânica) No texto, estão em destaque os substantivos figurão e Sabidão.
Justifica-se o emprego do aumentativo nessas palavras para
(A) desmentir a idéia comum de que lobisomem impunha medo.
(B) deixar mais evidente o perigo que o lobisomem representava.
(C) mostrar que o lobisomem não era tão grande assim.
(D) indicar certa afetividade do coronel em relação ao lobisomem.
(E) reforçar a idéia de que o coronel não poderia vencer aquele lobisomem.

13) (Termomecânica) Considere as frases:
I. Já um estirão era andado quando, numa roça de mandioca, advieram aqueles figurões de cachorro, peças de vinte palmos de pêlo e raiva.
II. Sabidões, cheio de voltas e negaças, deu eles de executarem macaquice que nunca cuidamos que lobisomens pudesse fazer.
III. Sujeitos especiais em lobisomem como nós não ia cair em armadilha de pouco pau.
Quanto à concordância e à flexão verbal, está correto apenas o contido em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

14) (Termomecânica) Observe as ocorrências do texto: roça de mandioca, figurão de cachorro, um pulo de cabrito.
As expressões preposicionadas
– de mandioca, de cachorro, de cabrito – são formadas por preposição mais _________ e têm valor de ______.
Os espaços da frase devem ser preenchidos, respectivamente, com
(A) adjetivo ... substantivo
(B) substantivo ... advérbio
(C) advérbio ... adjetivo
(D) adjetivo ... advérbio
(E) substantivo ... adjetivo

GABARITO
01B – 01A – 03E – 04B - 05D – 06A – 07C – 08E – 09D – 10C – 11E – 12B – 13A – 14E.
 

ETEC
Leia o texto para responder às questões 01 e 02.
Vários estudiosos consideram que nenhum país do mundo é tão social, cultural e economicamente ligado ao milho quanto o México. Para começar, ele surgiu por lá. Há cerca de nove mil anos, povos que moravam onde hoje fica o México encontraram uma versão primitiva do milho, com uma espiga de uns 2,5 centímetros, e começaram a cultivá-lo. Até hoje, esse é um dos principais plantios do país.
No México, além do milho amarelo, que estamos acostumados a consumir no Brasil, podemos encontrar milhos de outras cores. Há o branco, que é muito comum, e também variedades vermelhas, azuis e pretas, por exemplo.
O maior número de variedades de milho no mundo se encontra no México: são 64 tipos (sendo 59 nativos do
país) dentre as 220 variedades existentes em toda a América Latina. E o mais interessante é que, enquanto em outros países americanos as espécies primitivas desse cereal são consideradas “relíquias”, no México muitas delas continuam sendo usadas no dia a dia.
O México tem o maior consumo per capita de milho no mundo: são 63 kg anuais, contra uma média de 18 kg no Brasil, por exemplo. Em algumas comunidades, estima-se que esse alimento sozinho ofereça cerca de 70% das calorias e 50% das proteínas consumidas diariamente pela população.
Cerca de 75% da composição desse cereal é amido, substância muito usada pela indústria alimentícia e em produtos tão variados quanto resinas para a pintura de carros, sabão, pasta de dentes e plásticos biodegradáveis.
A glicose que vem do amido também é usada como meio de cultura de bactérias que produzem a penicilina e para revestir comprimidos, por exemplo.
Recentemente, pesquisadores descobriram que a jornada histórica do milho até chegar à versão atual foi mais complexa do que se imaginava, passando inclusive pelo Brasil. Seja como for, o certo é que, sem o trabalho humano, o milho provavelmente não existiria hoje. Isso decorre das características da planta que dificultam muito que ela espalhe suas sementes espontaneamente. Afinal, elas ficam bem presas à espiga e cobertas por folhas resistentes. Assim, os seres humanos são muito importantes para fazer com que o milho se reproduza de forma significativa. Isso, de certa forma, torna o vínculo entre homem e planta ainda mais forte.
Para algumas civilizações, no entanto, o laço é tão forte que é basicamente uma coisa só. Os maias, por exemplo, acreditavam que o homem veio do milho. No Popol Vuh, livro mais importante da mitologia Maia, encontra-se o seguinte: “De milho amarelo e milho branco se fez sua carne”. Existe, também, o mito de que o milho teria sido criado a partir das unhas do deus Cintéotl. Até hoje, muitos povos indígenas mexicanos consideram o milho uma divindade e dão a ele um caráter sagrado. Afinal, é dele que depende, em grande parte, a subsistência dessas comunidades. O grão é considerado precioso por assegurar a continuidade do ciclo da vida.
Mais recentemente, a luta dos indígenas mexicanos tem sido contra o cultivo de milho transgênico, que apesar
de ser proibido, vem acontecendo há décadas. Usado para aumentar a produtividade e a resistência a pragas e a inseticidas, entre outros fins, o cereal transgênico provoca o desaparecimento de espécies nativas, além de prejudicar a agricultura familiar. Portanto, a forte relação com o milho vai muito além da planta em si, e além do próprio México. Ela traz também uma mensagem universal: nós, seres humanos, fazemos parte da terra. Dela dependemos, e dela devemos cuidar.

01) (ETEC) De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) a atual luta dos indígenas mexicanos é pelo direito de utilizar sementes transgênicas de milho em larga escala para poder aumentar ainda mais a produção
desse grão.
(B) a relação do povo mexicano com o milho é histórica, uma vez que esse grão é cultivado desde a época dos
antigos povos que habitavam a região onde hoje se localiza o México.
(C) o Brasil é o país que mais consome milho no mundo, uma vez que esse grão foi encontrado em abundância pelos portugueses que aqui aportaram no século XVI.
(D) a dispersão das sementes de milho pela América Latina só foi possível em função da ação dos ventos que espalharam as sementes desse grão para todo o continente americano.
(E) o povo maia tinha no milho um deus cristão, responsável pela eliminação da fome e pela manutenção da vida desse povo, que conviveu em harmonia com os colonizadores espanhóis.

02) (ETEC) Ainda de acordo com o texto, é correto afirmar que
(A) o maior número de variedades de milho se encontra no Brasil, onde é usado para extrair o etanol.
(B) o milho branco é a variedade mais rara encontrada no México e é utilizada para fazer canjica.
(C) a glicose que vem do amido de milho é também usada no revestimento de comprimidos.
(D) a palha do milho é utilizada na fabricação de cremes dentais e de pneus.
(E) os maias usavam o milho na produção da penicilina.

03) (ETEC) Entende-se por trabalho voluntário a atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.
Nesse sentido, é correto afirmar que:
(A) o trabalho voluntário tem se tornado um importante fator de crescimento das organizações não-governamentais integrantes do Terceiro Setor.
(B) altruísmo e solidariedade não são entendidos como valores morais socialmente constituídos, vistos como virtude do indivíduo.
(C) o voluntariado tem as pessoas à margem do desenvolvimento e não proporciona que o indivíduo veja como dele um problema que geralmente veria como distante.
(D) existe apenas uma única forma de atuação no trabalho voluntário, qual seja, atuação presencial por meio da participação em campanhas.
(E) o trabalho voluntário não é regulamentado por nenhuma lei no Brasil.

GABARITO
01C – 02A – 03A.
 

SENAI
O texto abaixo se refere à questão 1.
O Homem dos (Quadros dos) Patos
Embora tenha dado vida a tipos como Tio Patinhas, Professor Pardal, Gastão, Irmãos Metralha e Maga Patalójika, Carl Barks continuava praticamente desconhecido quando se aposentou, já sexagenário, depois de produzir quadrinhos Disney por mais de um quarto de século de modo ininterrupto. Suas HQs elevaram os patamares de venda de publicações como Walt Disney’s Comics and Stories e Uncle Scrooge, best-sellers que ultrapassaram os 2 milhões de exemplares comercializados mensalmente nos Estados Unidos durante a década de 1950. Ainda assim, como seu contrato de trabalho o impedia de assinar as próprias criações, o artista permaneceu anônimo ao longo de toda a carreira editorial. (...)

01) (SENAI) O tema central do texto é
(A). a vida do produtor de histórias em quadrinhos e artista Carl Barks.
(B) o contrato de trabalho imposto aos produtores de histórias em quadrinhos.
(C) o segredo em torno da identidade do criador do Tio Patinhas, do Professor Pardal, entre outros.
(D) o Quadro dos Patos pintado pelo artista plástico Carl Barks.
(E) a produção de histórias em quadrinhos nos Estados Unidos na década de 1950.

02) (SENAI) Considere as sentenças a seguir.
I. A princesa, ficou paralizada diante do príncipe.
II. Crianças adultos e idosos adoram esse cabelereiro.
III. A melhor pizza, neste restaurante, é a de calabresa com muçarela.
As regras-padrão de ortografia e pontuação foram respeitadas apenas em
(A) II.
(B) III.
(C).I e III.
(D) I e IV.
(E) II, III e IV.

A tirinha abaixo se refere à questão 3.
03) (SENAI) Na tirinha, a comunicação entre Calvin e a mãe dele é prejudicada porque
(A) a conversa entre eles acontece em idiomas diferentes.
(B) a linguagem da mãe é muito formal e não corresponde à linguagem utilizada pelo filho.
(C) as opções que a mãe dá para o lanche superam as expectativas de Calvin.
(D) os dois entendem de maneiras distintas o que é um “lanche”.
(E) o menino compreende de forma equivocada o comando da mãe no terceiro quadrinho.

04) (SENAI) As orações abaixo estão de acordo com as regras de concordância verbo-nominal, exceto em:
(A) O cansaço, o calor, a distância, nada disso desanimou os participantes da corrida.
(B) Os Estados Unidos são uma potência mundial.
(C) Consumidores conseguiram reduzir o consumo de água no último verão.
(D) A multidão gritou animada ao reconhecer o ator famoso.
(E) Amanhã vai começar as aulas de informática.

05) (SENAI) Considere as orações abaixo.
I. O menino franzino tornou-se um belo rapaz.
II. O belo da vida transcorre naturalmente.
III. Jogavam futebol despreocupados os jogadores.
Assinale a alternativa que apresenta, sintaticamente, a correta classificação dos termos.
(A) “um belo rapaz” é sujeito na oração I.
(B) “O belo da vida” é predicativo do sujeito na oração II.
(C) “futebol” é sujeito na oração III.
(D). “O menino franzino” e “O belo da vida” são sujeitos das orações I e II, respectivamente.
(E) “os jogadores” é predicativo do sujeito na oração III.

06) (SENAI) Leia a frase abaixo.
André, Marta e Alex chegaram mais cedo à escola para discutirem sobre a prova.
Na frase, a vírgula foi utilizada para separar
(A) os complementos de uma mesma oração.
(B) o sujeito simples do composto.
(C) os termos explicativos da oração.
(D os termos do sujeito composto.
(E) os termos do sujeito oculto.

07) (SENAI) Leia as palavras abaixo.
SILÊNCIO          SAUDADE
Os encontros vocálicos, são, respectivamente,
(A) ditongo crescente; hiato.
(B) ditongo decrescente; ditongo crescente.
(C) hiato; ditongo decrescente.
(D) hiato crescente; hiato decrescente.
(E) ditongo crescente; ditongo decrescente.

08) (SENAI) Transpondo a oração “O cheiro dos pães convidava os consumidores” para a voz passiva, obtém-se a forma verbal
(A) convidava-se.
(B) ia convidando.
(C) eram convidados.
(D) foram convidados.
(E) convidavam.

09) (SENAI) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão separadas corretamente.
(A) ap-to; ca-i-xa; Pa-ra-gua-i.
(B) juí-za; fe-i-xe; pas-téis.
(C) ab-dô-men; pa-sse-a-ta; de-scer.
(D que-i-jo; pás-sa-ro; p-si-có-lo-go.
(E) ca-de-a-do; guer-ra; ex-ce-ção.

O poema abaixo se refere à questão 10.
Vício na fala
                                       Para dizerem milho dizem mio
                                       Para melhor dizem mió
                                       Para pior pió
                                       Para telha dizem teia
                                       Para telhado dizem teiado
                                       E vão fazendo telhados.

11) (SENAI) No poema, o eu lírico
(A). comete alguns erros de ortografia ao redigi-lo.
(B) questiona o uso de “teia” ao invés de “telha” no português brasileiro.
(C) apresenta as duas formas de se usar determinadas palavras em português.
(D) afirma que os falantes, ainda que falem diversamente, conseguem se comunicar.
(E) critica as diferenças na escrita, apesar de haver entendimento entre os falantes.

12) (SENAI) Das alternativas abaixo, qual respeita as regras-padrão de colocação pronominal?
(A). Sempre me dediquei aos estudos.
(B) Não poderei receber ele nesta tarde.
(C) Em tratando-se de filmes, prefiro as comédias.
(D) Nos deixaram preocupados com as últimas notícias.
(E) Não entregou-lhe a encomenda na data marcada.

13) (SENAI) Leia o trecho abaixo.
(...)
O alienista sorriu, mas o sorriso desse grande homem não era cousa visível aos olhos da
multidão; era uma contração leve de dous ou três músculos, nada mais. Sorriu e respondeu:
– Meus senhores, a ciência é cousa séria, e merece ser tratada com seriedade. (...)
Vocabulário – alienista: médico especializado em “alienação mental” ou loucura; de forma mais geral, o equivalente do que hoje se chama de psiquiatria.
No segundo parágrafo desse trecho, considerando o contexto, “– Meus senhores” vem seguido de vírgula, porque a expressão é
(A) um vocativo.
(B) um aposto.
(C) um adjunto adnominal.
(D) um sujeito simples.
(E) um adjunto adverbial.

14) (SENAI) Leia a frase abaixo.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
Na frase, o verbo ficou no singular porque, quando
(A). se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta o artigo que, se indicar singular, o verbo deverá ficar no singular.
(B) o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada seguida de substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
(C) o sujeito é formado por uma expressão partitiva seguida de um substantivo, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
(D) o sujeito é composto, com ele concordará o verbo em número e pessoa, ficando ou não no singular.
(E) o sujeito composto é formado por expressão que indica intensidade, o verbo concordará com o núcleo mais próximo.

Os textos abaixo se referem à questão 15.
Texto I
“É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.”

Texto II
“É preciso que as coisas mudem de lugar para que permaneçam onde estão.”
Hoje pela manhã passando pela praia do forte me deparei com a garotada contratada para fiscalizar as posturas na temporada de verão. (...)

15) (SENAI) Considerando o contexto, é correto afirmar que as orações destacadas são
(A) subordinadas substantivas subjetivas nos textos I e II.
(B) subordinada substantiva objetiva direta no texto I e coordenada sindética no texto II.
(C) subordinadas substantivas objetivas indiretas nos textos I e II.
(D) coordenada sindética no texto I e subordinada substantiva objetiva direta no texto II.
(E) coordenadas sindéticas nos textos I e II.

16) (SENAI) Considere as sentenças abaixo.
I. Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.
II. Biju, Moji, jiboia.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as regras de pontuação e ortografia
empregadas nas duas frases.
(A). Usa-se a vírgula para isolar o vocativo. Palavras de origem árabe e africana grafam-se com “j”.
(B) Usa-se vírgula para marcar uma inversão. Palavras de origem indígena e africana grafam-se com “j”.
(C) Usa-se a vírgula para isolar o aposto. Palavras de origem africana e tupi grafam-se com “j”.
(D) Usa-se vírgula para marcar uma intercalação. Palavras de origem africana grafam-se com “j”.
(E) Usa-se vírgula para marcar uma elipse verbal. Palavras de tupi e árabe grafam-se com “j”.

O poema abaixo se refere à questão 17.
Poema de Sete Faces
                                               Quando nasci, um anjo torto
                                               desses que vivem na sombra
                                               disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
                                               As casas espiam os homens
                                               que correm atrás de mulheres.
                                               A tarde talvez fosse azul,
                                               não houvesse tantos desejos.
                                               (...)
A tirinha abaixo se refere à questão 17.

17)
(SENAI) Encontram-se, respectivamente, uma palavra paroxítona e outra trissílaba apenas na combinação

(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) III e V.
(D) IV e III.
(E) II e IV.

O texto abaixo se refere à questão 18.
Alpes Italianos
Nos Alpes Italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para produção de vinho. Uma vez por ano, acontecia uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita.
A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho, para colocar dentro de um grande barril, que ficava na praça central.
Entretanto, um dos moradores pensou: “Por que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta.” Assim pensou e assim fez.
No auge dos acontecimentos, como era de costume, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para provar aquele vinho, cuja fama se estendia muito além das fronteiras do país.
Contudo, ao abrir a torneira, um absoluto silêncio tomou conta da multidão. Daquele barril apenas saiu água! Como isso aconteceu? (...)
Muitas vezes somos conduzidos a pensar: “Tantas pessoas existem neste mundo! Se eu não fizer a minha parte, isto não terá importância”. O que aconteceria no mundo se todos pensassem assim?

20) (SENAI) De acordo com o texto, infere-se que
(A) os moradores do vilarejo tiveram a mesma ideia.
(B) o vinho dos demais moradores virou água por ser impuro.
(C) o vinho da maioria dos moradores era de má qualidade.
(D) os moradores presenciaram um milagre: o vinho virou água.
(E) o morador que colocou água no barril fez o vinho virar água.

GABARITO
10C – 02B – 03D – 04E – 05D – 06D – 07E – 08C – 09E – 10D – 11A – 12A – 13B – 14A – 15C – 16E – 17C – 18A.

TERMOMECÂNICA
Língua Portuguesa
Leia a crônica de Ivan Ângelo, a seguir, para responder às questões de números 01 a 09.
Bagunça ética
Os sinais se multiplicam. Carros com motoristas embriagados atropelam pedestres até nas calçadas, ampliam estatísticas de morte nas estradas. Gangues de punks e de nazicarecas espancam gays e cidadãos pacíficos nas ruas. Policiais executam detidos, dão tiros em ônibus onde há passageiros sequestrados. Mulheres dão à luz e jogam bebês no lixo ou no córrego. Cuidadores espancam velhinhos doentes indefesos. Padrasto bêbado atira criança de 2 anos na parede e ela morre. Jovens espancam até a morte rapaz na porta da boate.
Isso veio sendo gerado e disseminado; há algum tempo percebem-se sinais de exasperação na linguagem da sociedade.
Nos lugares mais cândidos, surpreende-se o aparato dessa exasperação (irritação); por exemplo, numa loja de brinquedos.
Aqueles pequenos módulos coloridos de plástico, com os quais se montavam homenzinhos e casas, agora formam também alienígenas agressores e artefatos de guerra.
A música funk é agressiva, no ritmo e nas palavras.
Cão para impressionar a garota já não é aquele para o qual se atirava uma bola ou um pedaço de madeira e ele os trazia festeiro, é o pit bull de grossa coleira de pinos.
Nos filmes, o lado de dentro dos corpos fica para fora. Tudo é explícito: o sangue, a amputação, a perfuração, a descarnadura
— para que todos se acostumem, para banalizar o horror.
Os esportes se abrutalham. Futebol é correria, tranco e carrinho; proibido o drible moleque. Vôlei é aquela pancada e preparação para ela. Até o esporte antes considerado o mais violento, o boxe, que já havia abandonado a arte da esquiva (desvio) e da dança dentro do ringue, em favor da pancada seca dos lutadores de cintura dura, na era Mike Tyson, até o boxe, repito, foi superado por outro espetáculo de maior violência, no qual valem socos, cotoveladas, joelhadas, pernadas, pé na cara, enforcamento, cujo objetivo é o massacre do adversário, mesmo caído.
As tardes da televisão são de horrores. Apresentadores selecionam e exibem atrocidades (...).
A violência explícita das pancadas, dos tiros e das perseguições de carros que se destroem pelas ruas é reforçada por outra, mais insidiosa, presente no jeito estúpido de falar, aos berros, de dirigir, agressivamente, e de amar, aos trancos. Repare nas novelas, como as pessoas se tratam aos berros, mesmo dentro das famílias.
O pior do pior é que a violência é praticada tanto pelo mal quanto pelo bem. Aplicada com sadismo pelo mocinho contra os bandidos, torna-se uma ação positiva, para olhos ingênuos. O herói bate, mata e até tortura em nome do bem. Por extensão, quem é do bem também pode espancar, assassinar e torturar, como os do mal. E aí estamos a um passo da bagunça ética.

01) (Termomecânica)
Leia o seguinte trecho:

Isso veio sendo gerado e disseminado... (2.o parágrafo)
A palavra que substitui corretamente o termo em destaque, sem prejudicar o sentido do texto, é:
(A) reformulado.
(B) propagado.
(C) concluído.
(D) censurado.

02 (Termomecânica) Percebe-se que, no primeiro parágrafo, o cronista empregou em um conjunto de orações
(A) diretas e impactantes, o que imprimiu objetividade às ações.
(B) de duplo sentido, o que produziu efeito poético no trecho.
(C) contraditórias, já que se opõem cenas de violência a cenas de prática da cidadania.
(D) objetivas, pois o cronista expõe seu ponto de vista sem se basear em exemplos do cotidiano.

03) (Termomecânica) O título Bagunça ética refere-se à ideia contida no último parágrafo de que, na sociedade atual,
(A) a polícia mostra-se desnorteada frente a tanta violência cotidiana, gerada inclusive pela população privilegiada economicamente.
(B) os programas de televisão que, embora mostrem uma violência exagerada, são importantes para esclarecer a população a respeito dos problemas sociais.
(C) a banalização da violência faz com que pareça correta a ação violenta por parte dos que agem em nome do bem.
(D) a falta de ética que obriga os poucos heróis a realizarem, de maneira corajosa e acertada, a justiça com as próprias mãos.

04) (Termomecânica) No trecho “Tudo é explícito: o sangue, a amputação, a perfuração, a descarnadura – para que todos se acostumem, para banalizar o horror” (6.o parágrafo), a expressão destacada estabelece, entre as orações, uma relação de
(A) causa.
(B) finalidade.
(C) concessão.
(D) alternância.

05) (Termomecânica) De acordo com o texto, o boxe na era Mike Tyson
(A) equiparava-se aos espetáculos atuais de luta, cujo objetivo era o massacre do adversário.
(B) tornou-se mais defensivo, em função dos fortes golpes e do jogo de cintura dos boxeadores.
(C) tornou-se mais agressivo por aderir a golpes como enforcamento e cotoveladas.
(D) abandonou certos procedimentos mais ligados à defesa, investindo mais em golpes duros.

06) (Termomecânica) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do seguinte texto:
Se não a violência, poderíamos conter a bagunça ética.
Era possível perceber que, mesmo nas situações mais cândidas, as pessoas se .
(A) dissemináscemos ... exasperavam
(B) disseminássemos ... exasperavam
(C) disseminasse-mos ... exasperavão
(D) disseminasce-mos ... exasperavão

07) (Termomecânica) O trecho – Nos lugares mais cândidos, surpreende-se o aparato dessa exasperação... (3.o parágrafo) – significa que
(A) mesmo em espaços reservados ao lazer podem-se encontrar elementos ligados à violência.
(B) até nas delegacias ou nos espaços de aparato policial a proteção ao indivíduo não é garantida.
(C) a televisão, embora retrate a violência, destaca-se por promover entretenimento de alto nível cultural.
(D) os animais treinados para violência são necessários, pois colaboram para a segurança das pessoas.

08) (Termomecânica) Nos parágrafos 8.o e 9.o, o cronista menciona um tipo de violência que não é o da “pancadaria explícita”, mas que contribui fortemente para o problema social. Ele refere-se
(A) ao jeito estúpido de falar das personagens nas novelas de televisão, principal causador da desintegração das relações sociais e das outras manifestações violentas.
(B) ao hábito das famílias de permitirem que seus filhos menores de idade assistam a disputas de boxe, dentre outros tipos de luta, sem uma censura prévia desses programas.
(C) ao trânsito nas cidades, que se mostra cada vez mais violento e o maior problema a ser resolvido pela polícia.
(D) às atitudes antissociais, tais como gritos, ofensas, no trânsito e também no ambiente familiar, que reforçam as outras formas mais explícitas de agressão.

09) (Termomecânica) Quanto aos filmes (6.o parágrafo), o cronista observa que
(A) ensinam a como se evitar acidentes, graças à quantidade de cenas explícitas de cirurgias e tratamentos.
(B) evoluíram, graças aos efeitos especiais aplicados a eles hoje em dia.
(C) passaram a não poupar o espectador da realidade crua, mostrando cenas em que os corpos apresentam seu dilaceramento ou suas entranhas.
(D) trazem bom entretenimento, apesar de por vezes mostrarem cirurgias com elevado grau de realismo.

Considere a entrevista a seguir para responder às questões de números 10 a 13.
Doente há 11 anos, jovem diz que seu peso ideal é 41 kg
O baiano Alex desenvolveu anorexia durante a adolescência.
Apesar de sempre ter sido magro, aos 16 anos passou a restringir os alimentos. Atribui a origem do transtorno alimentar a conflitos familiares.
Hoje, aos 27 anos, 46 kg distribuídos em 1m70 de altura, Alex continua insatisfeito com o corpo.
Há quase um mês, ele foi internado no Ambulim do HC de São Paulo. Recebe cinco porções de alimentos por dia, mas precisa ser vigiado para não provocar vômitos. A seguir, trechos da entrevista.
FOLHA – Quando e como você desenvolveu anorexia?
ALEX – Desde os 16 anos, mas a doença veio se agravar na fase adulta. Comecei a restringir os alimentos porque meu pai achava que eu comia muito, dava bronca. Fiquei com isso na cabeça e fui perdendo a vontade de comer. Quando comia, sentia-me culpado e vomitava.
FOLHA – Nessa época você já se sentia gordo?
ALEX – Não. A distorção da minha imagem começou por volta dos 18 anos. Olhava no espelho e me achava gordo, tinha pavor de engordar mais. Cheguei a pesar 39 kg e ainda me sentia gordo. Nessa época, meu pai e minha mãe brigavam muito, meu pai batia nela. Quando eu presenciava as cenas, corria para vomitar.
FOLHA – Quando você sentiu que havia perdido o controle da doença?
ALEX – Quando me mudei para São Paulo, há cinco anos. Eu não tinha mais ninguém para me vigiar. Antes, meus amigos me policiavam. Aqui em São Paulo cheguei a ficar dias sem comer, às vezes, nem água eu bebia.
FOLHA – Como você se sente trabalhando com alimentos?
ALEX – É horrível. Onde eu trabalho tem doce, salada, lanches, pizza e eu tenho de supervisionar tudo. É estressante olhar para a comida. Abrir o forno e sentir o cheiro é uma tortura para mim. Tenho a sensação de que até o cheiro vai me engordar. Sinto-me gordo, acho que tenho barriga. Por mim, o ideal seria estar com 41 kg e não com 46 kg. Sei que é uma doença, que meu peso atual está bem abaixo do ideal. Meu sonho é ficar curado.

10) (Termomecânica) A entrevista tem como objetivo principal
(A) divulgar um caso que exemplifica os problemas que envolvem a anorexia.
(B) propor programas de alimentação e de desenvolvimento físico que previnam a anorexia.
(C) alertar os jovens quanto à importância de verificarem seu índice de massa corpórea.
(D) sugerir alimentos saudáveis e alternativos, na busca de saídas para se evitar a anorexia.

11) (Termomecânica) De acordo com a entrevista, pode-se afirmar que a origem e as causas do distúrbio estão relacionadas
(A) às formas de violência física que eram impostas ao rapaz por seus pais.
(B) aos maus hábitos alimentares da infância do rapaz, que o levaram à obesidade.
(C) às práticas de humilhação e maus tratos impostos pelo pai no ambiente familiar.
(D) à solidão em que viveu o rapaz, ao instalar-se em São Paulo.

12) (Termomecânica) É possível concluir que o adolescente da entrevista apresenta
(A) consciência quanto à gravidade da situação que vive, embora manifeste reações incompatíveis com a resolução
do problema.
(B) equilíbrio emocional suficiente para resolver o problema
por si mesmo, dispensando acompanhamento médico.
(C) autoconfiança em relação ao futuro sucesso em seu tratamento.
(D) total inconsciência em relação à gravidade de seu problema e mostra desconsideração pelos cuidados médicos.

13) (Termomecânica) Assinale a alternativa na qual o pronome pessoal “mim” foi empregado corretamente, levando-se em consideração a norma-padrão.
(A) Quando eu presenciava as cenas, corria para mim vomitar.
(B) Para mim, é uma tortura abrir o forno e sentir o cheiro de comida.
(C) Aqui em São Paulo, cheguei a ficar dias sem nada para mim comer.
(D) Eu não tinha mais ninguém para mim vigiar.

GABARITO
01B – 02A – 03C – 04B – 05D – 06B – 07A – 08D – 09C – 10A – 11C – 12A – 13B.
 

O texto abaixo se refere à questão 01.
Caldeirão de povos
(...) se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje e o português arcaico, há também muito mais diferenças. Boa parte delas é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número imenso de negros, que não falavam português. “Já no século XVI, a maioria da população da Bahia era africana”, diz Rosa Virgínia Matos e Silva, linguista da UFB. “Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola”, conta. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas torna-se comum e traços de um impregnam o outro. “Assim, os negros deixaram marcas definitivas”, ressalta ela.
Também no século XVI, começaram a surgir diferenças regionais no português do Brasil. Num polo estavam as áreas costeiras, onde os índios foram dizimados e os escravos africanos abundavam. No outro, o interior, onde havia sociedades indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as imigrações, que foram gerando diferentes sotaques (...).

01) (Termomecânica)
O núcleo temático do texto é a

(A) apresentação das diferenças entre a língua falada no Brasil de hoje e o português arcaico.
(B) constatação de que africanos, indígenas e imigrantes são os responsáveis pelas diferenças das línguas do Brasil e de Portugal.
(C) confirmação de que a língua do Brasil sofreu influências determinantes principalmente dos negros, devido à ausência de educação formal naquela época.
(D verificação do surgimento dos diferentes sotaques presentes na língua do Brasil, devido à imigração no século XVI.
(E) comprovação de que, apesar de possuírem algumas diferenças, as línguas faladas no Brasil e em Portugal ainda são similares.

O texto abaixo se refere à questão 02.
Virgília
Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes, teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; e era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
(...)
Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afectos.
Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

02) (Termomecânica) Considere as seguintes afirmações sobre as características do Realismo predominantes no texto.
I. Ênfase sobre as características negativas da personagem.
II. Idealização da figura feminina.
III. Concepção de amor baseada na atração sexual. Isso se pode comprovar na seguinte passagem do texto: “cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação”.
IV. Revela a vida social descrevendo os tipos humanos encontrados na sociedade carioca.
Está correto o que se afirma apenas em
(A). I e II.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) II e IV.
(E) I e III.

03) (Termomecânica)
Leia as frases.
I. Essa matéria é difícil ____ aprender.
II. Não desobedeça ____ regulamentos.
III. Queremos bem ____ nossos amigos.
De acordo com as regras-padrão de regência verbal e nominal, assinale a alternativa em que as lacunas serão preenchidas, correta e respectivamente.
(A) a – os – a
(B) para – aos – os
(C) para – os – os
(D) de – aos – a
(E) de – aos – aos

A canção abaixo se refere à questão 4.
Nóis vai ligar pra ela
                                               Nóis vai pro boteco
                                               E pra esquecer mete a cara na pinga
                                               Nóis até arrisca uma conversa
                                               Mas o papo não vinga
                                               Quando já “tô tonto” e é hora de vazar
                                               Nóis entra no carro e pra quem que Nóis vai ligar
                                               Nóis vai ligar pra ela, pra ela
                                             Nóis nunca achou nem beijo nem abraço
                                               Que é igual ao dela, ao dela
                                               Nóis gosta da bagunça, Nóis bebe o que for
                                               Mas quando dá saudade Nóis quer fazer amor
                                               Fazer amor com ela

04) (Termomecânica) Desconsiderando a licença poética, que permite desvios linguísticos, analise a seguir as correções e explicações sobre a concordância verbal.
I. “Nóis vai” → Nós vamos → A correção foi necessária, pois o sujeito simples deve concordar com o verbo em número e pessoa.
II. “Quando já “tô tonto” → Quando já estou tonto → Não há problema na concordância, pois o sujeito “eu” está elíptico.
III. “E pra esquecer mete a cara na pinga” → E para esquecer metemos a cara na pinga → A correção foi necessária, pois o sujeito simples deve concordar com o verbo em número e pessoa.
De acordo com a norma padrão, está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

A canção abaixo se refere à questão 05.
A noite do meu bem
Hoje eu quero a rosa mais linda que houver             Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
E a primeira estrela que vier                                   Eu quero toda beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem                            Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo                   Quero a alegria de um barco voltando

E abandono de flores se abrindo                              Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem                             Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando                      Ah, como este bem demorou a chegar
Quero ternura de mãos se encontrando                    Eu já nem sei se terei no olhar
Para enfeitar a noite do meu bem                            Toda ternura que eu quero lhe dar

05) (Termomecânica) Entende-se do texto que
(A) o melhor deve ser oferecido para que o amor possa existir.
(B) o tempo pode minimizar os sentimentos, trazendo a incerteza.
(C) a paz e a beleza são essenciais para o relacionamento amoroso.
(D) a natureza é parte integrante do sentimento amoroso.
(E) o amor pode não ser correspondido, mesmo com toda demonstração de afeto.

O texto abaixo se refere à questão 11.
Juventude: a utopia da onipotência
A adolescência é uma fase extremamente difícil da vida. Talvez a mais difícil. Temos que nos comportar como adultos sem dispor de cacife para isso. Temos que ser fortes e independentes quando ainda nos sentimos inseguros e sem autonomia de voo. Temos que mostrar autoconfiança sexual, mesmo sendo totalmente inexperientes. Temos que formar juízo a nosso respeito – se possível positivo – mas nos falta a vivência para aprofundar o autoconhecimento. (...)

06) (Termomecânica)
Mantendo-se o sentido do texto, as palavras e a expressão destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por:

(A) dinheiro; capacidade para voar; responsabilidade.
(B) competência; libertação; opinião.
(C) força; permissão para voar; sugestão.
(D) potencial; liberdade; julgamento.
(E) embasamento; isenção; senso.

07) (Termomecânica) Leia as frases.
I. Seis quilos de carne ____ pouco para o churrasco.
II. A foto do garoto segue ____ ao álbum de formatura.
III. Os alunos ____ fizeram a campanha para doação de sangue.
De acordo com as regras-padrão de concordância verbal e nominal, assinale a alternativa em que as lacunas serão preenchidas, correta e respectivamente.
(A) são – anexa – mesmo
(B) é – anexo – mesmos
(C) são – anexo – mesmos
(D) é – anexa – mesmos
(E) são – anexo – mesmo

Os textos abaixo se referem à questão 08.
Texto I
As três irmãs
(...) Eram três: Gilda, Flornela e Evelina. Filhas do viúvo Rosaldo que, desde que a mulher falecera, se isolara tanto e tão longe que as moças se esqueceram até do sotaque de outros pensamentos.
(...) A do meio, Flornela, se gastava em culinárias ocupações. No escuro úmido da cozinha, ela copiava as velhas receitas, uma a uma. Redigia palavra por palavra, devagar, como quem põe flores em caixão.

Texto II
(...) tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Texto III
Como viajar de graça pelo Brasil?
(...)
Escolha o destino
Civis não podem embarcar em aeronaves que transportam materiais bélicos ou carga confidencial. Por isso são enquadrados em voos de tropas, correios ou missões (salvamentos, patrulhamento, treinamentos). São 16 destinos, somente nacionais.
Espere
Preencha a ficha de interesse no Correio Aéreo Nacional (CAN). Em cada região do Brasil há ao menos três postos dentro de bases aéreas. Apresente cópia do RG, comprovante de endereço e aguarde até dez dias pela resposta.
Fique alerta
Os voos não são agendados. Se aparecer algum com vaga, a FAB entra em contato, no dia ou na véspera, informando a hora do embarque. Só não vá muito informal: não é permitido trajar bermuda e chinelos nas bases.

08) As sequências discursivas predominantes nos textos I, II e III são, respectivamente,
(A) narrativa, descritiva e injuntiva.
(B) injuntiva, argumentativa e narrativa.
(C) narrativa, dissertativa e argumentativa.
(D) dissertativa, argumentativa e descritiva.
(E) descritiva, narrativa e argumentativa.

09) Considere estas regras de acentuação.
I. Toda proparoxítona é acentuada.
II. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “o”.
III. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em “i”.
Considerando as regras I, II e III, quais palavras devem receber acento?
(A) jacare; avo; sai.
(B) merito; viuvo; joquei.
(C) duvida; vovo; taxi.
(D) merito; avo; joquei.
(E) importancia; viuvo; taxi.
O texto abaixo se refere à questão 10.
(...)
Todos os anos, despontam “milagrosas” técnicas no combate às marcas do envelhecimento – de aplicações de lasers a cremes desenvolvidos em laboratórios de ponta. Agora, o procedimento que tem atraído centenas de mulheres e homens é uma técnica milenar, chamada de microagulhamento, que tem um mecanismo quase rudimentar. Com origem na Antiguidade, o microagulhamento foi desenvolvido quando os médicos chineses espetavam o rosto dos doentes com o objetivo de extrair substâncias do organismo. Com os anos, observaram que o método rejuvenescia a pele dos doentes.
Agora, com o procedimento moderno, agulhas muito finas, ainda menores que as utilizadas em injeções de insulina, são afixadas em um rolinho e furam a camada mais superficial da pele e alcançam a derme, estimulando a formação de colágeno e elastina. As lesões provocadas pelas agulhas causam um processo inflamatório na pele. O corpo reage, e causa a impressão visualmente agradável da tez rejuvenescida. Um estudo organizado pela empresa americana de cosméticos Beauty Bioscience precisou os resultados do microagulhamento: mulheres com idade entre 41 e 64 anos tiveram 30% das rugas reduzidas já na primeira sessão. Em clínicas, a sessão de microagulhamento dura cerca de dez minutos e custa em média 800 reais. O rolinho é uma promessa estética – até que surja a próxima.
 
10) O núcleo temático do texto é a
(A) exposição histórica sobre um procedimento de rejuvenescimento.
(B) demonstração das estatísticas sobre a técnica de microagulhamento.
(C) descoberta de um novo método de rejuvenescimento facial.
(D) informação sobre os riscos aos adeptos à técnica de rejuvenescimento.
(E) técnica milenar no combate às rugas: o microagulhamento.

11) Considere estas frases.
I. Preferimos salmão do que bacalhau.
II. As empresas automobilísticas visam o mercado estrangeiro.
III. Nós assistimos ao grande show de rock.
IV. As estagiárias esqueceram do recado que receberam.
V. Nós aspiramos o ar poluído de São Paulo.
As regras de regência verbal foram respeitadas apenas em
(A). I e II.
(B) II e III.
(C) III e V.
(D) II, IV e V.
(E) I, III, IV e V.

O texto abaixo se refere à questão 2.
A juventude parece ter descoberto algo de que sempre desconfiei: a vida é um recreio. Como disse uma gatinha de 17 anos entrevistada por um semanário, “só há duas coisas na vida: som e patins”.
Sendo assim, a juventude Zona Sul vai em frente exibindo seu invejável realce existencial. (...).
Infelizmente, porém, a terra dos adultos continua sendo aquela coisa árida, sinistra e plúmbea. E é nesta praia que a garotada vai acabar desembarcando quando terminar a pilha da juventude.

12) Mantendo o sentido do texto, as palavras e a expressão destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por:
(A) carnívora doméstica; fulgor; bateria.
(B) mamífera da família dos felídeos; relevo; coisa muito salgada.
(C) adolescente do sexo feminino; decoro; vivacidade.
(D) menina jovem; brilho; energia.
(E) fêmea do gato; reflexo; energia.

13) Considere as seguintes sentenças.
I. Está muito frio hoje; poucas pessoas irão ____ clube. (ao/no)
II. O avião chegou ____ São Paulo de manhã. (em/a)
III. Priscila preferiu partir ____ ficar aqui. (do que/a)
IV. O pensamento estava vazio ____ conteúdo. (de/em)
Considerando-se as regras de regência verbal e nominal, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
(A) ao – a – a – de
(B) no – em – do que – a
(C) ao – a – a – em
(D) no – em – do que – em
(E) ao – em – a – de

O soneto abaixo se refere à questão 14.
Soneto
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!

15) A característica do Romantismo que predomina no soneto, típica da segunda geração romântica, é
(A). o mal do século.
(B) a revolta diante do prenúncio da morte.
(C) o mito do primeiro amor.
(D) o misticismo religioso.
(E) a idealização da mulher amada.

GABARITO
01B – 03E – 04D – 05E – 06B – 07D – 08D – 09A – 10C – 11E – 12C – 183 – 14A – 15A.